Nuvem do acaso
Quase nada de um pouco de tudo.
A luz e as cores
1 - A luz.
Do Sol a Terra recebe radiações electromagnéticas. Radiação infravermelha, radiação visível ou simplesmente “luz” (o ser humano é sensível a cerca de 10 milhões de cores) e radiações ultravioletas. Nelas incluem-se ainda e entre outras, do lado das altas frequências, os raios cósmicos, os raios gama, os raios X e, do lado das baixas frequências, os raios de radar, os raios de rádio (UHF, VHF, onda média, etc).
Do total da radiação solar apenas 51% chegam à Terra por perdas resultantes da absorção de moléculas e por fenómenos de reflexão e de difusão.
A radiação solar leva 8,3 minutos a chegar à Terra.
2 – A dispersão da luz.
O fenómeno da dispersão traduz-se por um ângulo de refracção função do comprimento de onda da onda incidente. Quanto maior for o comprimento de onda menor é o seu ângulo de refracção.
3 - As cores.
A luz visível tem sete cores correspondentes a diferentes comprimentos de onda: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Pela dispersão da luz branca, a luz vermelha, por ser de maior comprimento de onda, tem um ângulo de refracção menor que a luz azul.
Os objectos aparentam cores diferentes porque absorvem e reflectem diferentes comprimentos de onda. As cores que vemos correspondem aos comprimentos de onda que são reflectidos. Por exemplo, uma camisola vermelha é vista vermelha porque as moléculas do tecido que a constituem absorvem os comprimentos de onda do espectro luminoso entre o azul e o violeta e reflectem unicamente o comprimento de onda do vermelho.
Os objectos brancos vêem-se brancos porque reflectem todas as cores e os objectos pretos vêem-se pretos porque absorvem todas as cores.
4 - O céu e as nuvens.
4.1 - A cor do céu
As moléculas da atmosfera (o ar) dispersam de maneira diferente as cores dos raios do Sol. Dispersam mais os menores comprimentos de onda (azul e violeta) e menos os maiores comprimentos de onda (laranja e vermelho). A dispersão também é menor quando os raios do Sol são recebidos directamente.
Aqui reside a explicação para as diferentes cores do céu vistas por um observador conforme o seu ângulo de visão, ou seja, conforme a espessura de atmosfera atravessada pelos raios do Sol. Quando o Sol está alto, a camada de atmosfera é pouco espessa, a dispersão da luz é por isso reduzida o que faz que a radiação que chega ao observador é quase branca.
Igualmente é branca a cor do céu com neblina mas por uma razão diferente: as partículas que constituem as nuvens são maiores que os comprimentos de onda da luz e por isso dispersam de igual modo todos os comprimentos de onda.
Quando o observador recebe a luz indirectamente, a cor que vê é a da radiação de menor comprimento de onda e que por isso, maior dispersão sofreu: azul ou violeta.
Quando a luz é razante, como é o caso do pôr-do-sol, a camada de atmosfera que os raios do Sol atravessam é mais espessa e nela os pequenos comprimentos de onda (o azul) espalham-se em todas as direcções e o observador só recebe as radiações de maior comprimento de onda ( vermelho, laranja, amarelo).
A Terra é vista do espaço com a cor azul mas por uma razão diferente: os oceanos e mares que constituem mais de 70% da superfície da Terra, absorvem os maiores comprimentos de onda, como o vermelho, ficando a reflecção limitada aos menores comprimentos de onda como o azul.
4.2 - A cor das nuvens.
Nas nuvens existem gotas de água muito maiores do que os comprimentos de onda das cores azul, verde e vermelho. Há uma dispersão generalizada e iguais
quantidades de azul, verde e vermelho reúnem-se fazendo com que a luz dispersa
seja branca. Com o acumular de uma maior quantidade de gotas ou cristais de
água a nuvem torna-se cada vez mais espessa e densa. Daqui resulta uma maior absorção e dispersão da luz no interior da nuvem a qual é insuficiente para que se verifique uma sua refracção na direcção dos nossos olhos: a face inferior da nuvem é cinzenta e não branca.
5- Arco iris.
O arco iris é um fenómeno meteorológico resultante da reflexão, refracção e dispersão da luz em gotas de água. É uma ilusão de óptica resultante da sucessão daqueles fenómenos.
Em geral, apresenta-se sob a forma de semi arco formado por gotas de água e centrado na linha formada pelo Sol e pelo o olho do observador à frente do SOL.
A luz incide na gota de água sofre uma 1ª refracção quando nela penetra, é depois parcialmente (porque parte dela se espalha) reflectida na parede posterior da gota para, finalmente, ser novamente refractada na sua reentrada na atmosfera.
Quando ocorre uma dupla reflecção da luz no interior da gota de água surge um arco iris, dito secundário por cima do arco primário.
As suas cores são mais ténues do que as do arco primário porque mais luz é espalhada com a dupla reflecção e as suas cores aparecem em ordem inversa.
PS: Do estudo da Luz (óptica) muito mais haveria a dizer e a explicar, o que entendo não estar no âmbito deste simples “blog”. Espero ter despertado curiosidade.
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Do dia-a-dia
Das leis de Murphy:
- O que tiver que correr mal, correrá mal da pior maneira na pior altura.
- A velocidade da luz é maior que a do som, razão pela qual algumas pessoas parecem ser brilhantes antes de começarem a falar.
- Regra dos 50-50-90: sempre que a probabilidade de algo correr bem for 50-50, a probabilidade de correr mal é de 90%.
- Se se criar uma fila única com todos os carros do mundo, haverá alguém suficientemente estúpido para ultrapassar cinco ou seis de uma só vez, numa rampa e no meio de nevoeiro.
Lei da Oficina: Qualquer ferramenta ao caír irá parar ao local menos acessivel.
Lei do Telefone: Quando se liga um número errado, nunca se recebe o sinal de ocupado.
Lei da Mudança: Se mudar de faixa de rodagem, a faixa em que estava passará a andar mais depressa do que aquela em que agora se encontra.
Lei do Banho: Quando um corpo está totalmente imerso em água, o telefone toca.
Lei dos Encontros: A probabilidade de se encontrar com alguém conhecido aumenta quando está com alguém com quem não quer ser visto.
Lei do Funcionamento: Quando tentar provar que qualquer coisa não funciona, essa coisa funcionará.
Lei do Teatro: Em qualquer espectáculo, chega em último a pessoa cujo lugar é o mais afastado da coxia.
Lei de Brown: Se um sapato servir é feio.
Lei de Wilson: Quando se encontra um produto de que se gosta muito, é dito que o seu fabrico foi descontinuado.
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MRS. Como será?
MRS o fazedor de factos políticos, o académico sério, o comentador televisivo, o simpático filho da terra de Celorico, o “catavento”, o homem inteligente, o frenético estudioso e curioso do quase tudo, como será como Presidente da República?
Julgo que quase tudo aquilo (porque a natureza não muda do dia para a noite) mais a preocupação de marcar, pela seriedade, uma página da História e de não ser uma mera nota de pé-de-página como o enganoso Passos Coelho (que se vai recandidatar a presidente do PSD com o estandarte da socialdemocracia que sempre ignorou como responsável político) ou o fraudulento José Pinto de Sousa (que deveria já estar dentro mas em indiscutível conformidade com a Lei).
De um passado de derrotas ou desistências políticas - a sua efémera direcção do PSD e os seus infantis mergulhos no Tejo como habilitação à candidatura a Presidente da CML - até à sua indiscutível e claríssima victória eleitoral do hoje (com grande ressabiamento da esquerda extrema) há de tudo.
O que hoje se discute em torno do Orçamento de Estado para 2016 teria sido um excelente e revelador teste caso ele já estivesse na Presidência.
Em qualquer caso, MRS está entalado entre a sua palavra eleitoral (quase nula mas com piscar à esquerda) e o seu ideário político que é a antítese do das forças da esquerda partidária. Ver-se-á, então, como será o seu comportamento.
Será, creio, totalmente diferente do dos seus antecessores.
O Conselho de Estado terá um papel diferente e mais relevante, o diálogo com os partidos políticos, as associações sindicais e as confederações patronais e o seu relacionamento com os órgãos de comunicação social também. Duvido muito que passe a ter uma página no Facebook e estou certo que previlegiará um contacto directo com o cidadão. Será um infatigável pacificador, atento às querelas partidárias, e praticará uma equilibrada e justa política de influência, quer cá dentro quer lá fora, sobretudo na Europa. Não será uma “raínha” (como a do Reino Unido) nem um presidente de facção raivoso ou faccioso (como o Anibal). Respeitará escrupulosamente a Constituição (mas accionará totos os poderes que ela lhe confere) e respeitará a separação de poderes.
Assim o espero porque Portugal precisa e julgo que assim será mas a vida é pródiga em desilusões e, por isso, a interrogação: como será MRS presidente da República?