Nuvem do acaso
Quase nada de um pouco de tudo.
Não Tap a boca
Os três macacos sábios tapam a boca, os olhos, os ouvidos. Não falam, não olham, não ouvem.
No caso do movimento “não TAP os olhos” a decisão foi a de não tapar a vista. No fundo, para olhar o quê?
Eventualmente, a postura eficaz deveria ter sido, talvez, a de falar e, também, a de ouvir atentamente os relatos (mesmo que parciais) da outra parte e contestá-los taco-a-taco. A isto chama-se, julgo, oposição.
Quando o movimento “Não TAP os olhos” surgiu (http://www.naotaposolhos.com/), com várias personalidades de vários campos políticos convidando para a assinatura de uma petição à Assembleia da República, qual era, de facto, a verdadeira situação financeira da TAP e as limitações impostas pela CE para uma sua capitalização pelo Estado?
Fui ouvindo e relendo aqui e ali, desde o falhado processo de privatização levado a cabo há uns anos pelo partido socialista (mudam-se os tempos mudam-se as vontades, como quem muda de camisa), aos esclarecimentos de ambos os campos (pouco claros) até às declarações de uma porta-voz de um dos donos disto tudo (no caso a CE).
Se a situação financeira fosse sã (o que hoje em dia é demonstrado que não é), porque não, como forma de luta (cada vez gosto mais desta frase), não tapar a boca e berrar? Repito, julgo que o “não tape a boca” é que poderia ter trazido consequências.
Vejam-se os protestos das associações sindicais, mestres da contestação (professores mal educados e polícias desordeiros, por exemplo) e de movimentos cívicos como, por exemplo, o dos clientes lesados do BES. Será que alguma vez apelaram para “não se tapar os olhos”? Nunca.
A História demonstra que para se levar “contra os ventos da História” um barco a bom porto a estratégia deve ser no mínimo dinâmicamente ruidosa e nunca de olhos abertos virados para baixo, virginalmente.
Mas o que conta é o previsível mau resultado: por meia dúzia de tostões o efremoqualquercoisavitch ou o bluezinho (ficámos a saber que são propostas equiparáveis e mais nada: o contribuinte pouco foi informado sobre a solução do problema porque, como sempre, a transparência não tem sido praticada por quem a proclama com a displicência do assobio - talvez porque tudo tem os seus limites, que diabo!).
Um daqueles dois ficará, portanto e como tudo leva a crer, com a TAP e, mais cedo ou mais tarde, porque qualquer deles é pindérico e sem qualquer história marcante na aviação civil, a TAP vai desaparecer. Qual “hub”, qual “rotas da emigração”, quais quê: a “companhia de bandeira” portuguesa vai desaparecer mais ano menos ano e não se assenem garantias “plasmadas” (outro vocábulo impressionantemente imbecil) nas especificações do Caderno de Encargos que, na prática e no médio prazo, pouco valem no mundo em que vivemos.
[ Vide art.º 5 do Anexo do documento oficial: http://www.portugal.gov.pt/media/2886237/20150119-me-caderno-encargos-tap.pdf
Para uma abordagem mais terra-a-terra, ler, por exemplo, o artigo: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=175547 ]
Num apelo à assinatura da referida petição um professor associado o Instituto Superior de Gestão, de seu nome Carlos Paz, escrevia num violento panfleto: http://portugalglorioso.blogspot.pt/2015/05/carlos-paz-arrasa-privatizacao-da-tap.html
“O processo de privatização da TAP foi desenhado por pessoas sem escrúpulos, foi aprovado por políticos desonestos, está a ser conduzido por corruptos e, apesar da existência da capa de uma Comissão Independente (ciosa da ribalta mediática), será concluído da forma que melhor servir uma enorme rede de interesses instalados (...).”
E no final exclama: “Desculpem-me o desabafo, já chega de tanta porcaria! Já chega de tanta aldrabice! Já chega de tanta corrupção! Já chega de estarmos calados!”.
Apareceu um contestário à palavra de ordem: fez barulho. Acho muito bem, mau grado a violência verbal que assoma em todas as linhas do escrito.
Mas os Taps ficaram caladinhos embora, obedientes ao lema e, portanto, inofensivamente de olhos bem abertos.
O resultado está à vista: com prazos de decisão inaceitáveis, porque muito curtos para além do razoável , num processo que se diz democrático (justificação muito na moda) o “governo de Portugal” vai vender a TAP (2.000 milhões de exportações anuais, quase 3% das nossas exportações, 1% do PIB) por umas parcas dezenas de milhões de euros.
Os exemplos proclamados das luftansas, alitálias e swissaires não colhem. Será que Porugal, a sua economia e a sua situação geral é comparável com as de uma Alemanha, de uma Itália, de uma Suíça? Claro que não e aqueles exemplos, com ou sem esclarecimentos complementares, são demagogia. Falências há muitas e continuará a haver em todo o mundo mas cada caso é um caso.
O governo mostrará assim que é eficaz (no que é muito insistente), irresponsável e incompetente, como, por exemplo, na justiça, nos negócios estrangeiros (se é que estes existem) , nos “submarinos” (mui poderoso e caro instrumento de afirmação do nosso poder naval), na educação, na segurança social. Demonstrará, mais uma vez que é cumpridor das promessas constantes do seu programa eleitoral (descaramento é coisa que não falta).
Mas, facto indiscutível, a situação financeira da TAP é de rotura e no muito curto prazo terá que haver, com ou sem privatização, uma drástica reestruturação com despedimentos (actualmente a TAP assegura 20.000 postos de trabalho) e eliminação de rotas.
Sendo essa reestruturação uma inevitabilidade porquê a privatização? Ao menos que se ficasse recatadamente em casa. Haveria outra solução que não fosse uma apressada privatização (e a pressa como todos deveriam saber, principalmente os que governam, é péssima conselheira)? Entre uma privatização parcial, uma nacionalização, ou uma capitalização, alguma solução eficaz e sensata, incluindo uma dolorosa reestruração, deveria ser possível definir por um governo corajoso, competente e sensato.
O partido socialista (que tem andado ao sabor do vento, ziguezagueando em tudo, entre o apelo à esquerda e a tentativa de conquista do centro do eleitorado) deveria, pelo passado nesta questão, estar caladinho e, sobretudo, limpar as mãos à parede em vez de “baritonar” como os outros.
Insisto: este pobre país está entregue a bichos que do interesse público pensam “pois sim, desde que a mim caiba algum”, como nos submarinos e nos tachos na U.E. ou nas empresas públicas. Não? Devem andar de olhos tapados.
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Techne e Politikos
Não, o tema não é sobre a dramática situação financeira da Grécia, nem da cegueira, revolta e inconsciência (estranha mistura) do seu actual governo (o qual se fosse britânico poderia dar-se ao luxo daquilo tudo; estranho e injusto mundo em que vivemos). O tema é sobre a política e sobre a técnica que deveria sustentar as suas decisões.
Neste pobre país anda tudo ao contrário e, em época eleitoral, a incompetência e o “lufa lufa” de decisões cruciais de última hora imperam. É, nomeadamente, o caso da TAP e das Águas de Portugal. A avalanche liberalista vai vencer (e vender) daquele modo.
As decisões são tomadas e, quase sempre, recordadas como pesadas heranças que caíram no regaço de iluminados salvadores da pátria. “Eles” não souberam resolver o problema, “Nós” sabemos e muito rapidamente. É caso para lembrar o rei D. Dinis, não descobriu um regaço de dávidas para os pobres porque encoberto por um “manto protector” de rosas.
Por cá e nos nossos tempos, o “manto protector” serve para esconder incompetências (no futebol) e má política (na política que cada vez mais se confunde nas práticas do “desporto-rei”: corrupção, fanatismo, amadorismo, incompetência).
Está tudo às avessas e o Zé Povinho vai caír na cantiga do barítono e do rapazolas das feiras e esquecer as promessas eleitorais feitas por estes no passado, vergonhosamente violadas e não cumpridas. Vai voltar a votar numa cambada de fedelhos inchados de importância.
O problema no voto deste ano é não haver alternativa para um europeísta que queira uma união entre nações soberanas. Os britânicos não têm este problema, irão fazer um referendo (coisa que os políticos de cá se apressaram a rejeitar) e se quizerem ficar na União Europeia será certamente com uma condição: quem manda no país deles serão eles.
Por cá, está tudo às avessas e quem manda, manda ao serviço de outros lá de fora (e de cá dentro também).
Política, do grego “politikos”, sinifica literalmente “relativo a cidadãos”. No entanto, pode dizer-se que é a arte de influenciar outros e, também, na prática, a arte de governar, isto é, de organizar a actividade de uma comunidade.
No seu âmbito, destacaram-se no passado pela sua relevância a negociação, a feitura de leis e a guerra (termo cuja origem em português está no vocábulo germânico “werra”; as invasões germânicas do nosso território deixaram uma marca nos vocábulos de hoje, cerca de 5% passados mais de 1.500 anos).
Quer para uma eficaz negociação quer para uma boa legislação, é necessário uma completa e, tanto quanto possível, correcta avaliação da situação que lhes corresponde, ou seja, é necessário o recurso à técnica, do grego “techne” (também considerada uma arte pelos filósofos gregos), a qual, por um conjunto de procedimentos próprios, retrata em todas as suas componentes uma determinada situação, seja ela económica, financeira, retórica, musical ou militar.
A “techne” , como arte que é, tem que estar, compreensivelmente, antes da “politikos”, a arte de governar. O que se observa hoje em dia é precisamente o contrário: toma-se uma decisão política e, depois, recorre-se à técnica para a fundamentar ou para a explicar ao cidadão, em particular em período eleitoral. Os resultados são próprios de um episódio de “Alice no País das Maravilhas” e mereceriam um “corte-se-lhe o pescoço!”.
Exemplos? Há tantos neste pobre país entregue à incompetência, mas o “Plano de Estabilidade e Crescimento” da coligação eleitoral de direita criado por políticos e o “Cenário Macroeconómico” elaborado por economistas para “credibilizar as principais medidas do programa eleitoral” do partido socialista são paradigmáticos.
Primeiro, os políticos, com a sabedoria que a Providência lhes deu, definem o que é bom para a comunidade e, depois, encomendam a um conjunto de técnicos “independentes” a necessária justificação e explicação.
Todas as decisões de um governo são políticas mas devem ser, manda o bom senso e a credibilidade, justificadas e explicadas com o apoio da técnica. Desgosta-me a interesseira subordinação da técnica à política.
Tem que haver uma separação, nomeadamente ética, entre elas reconhecendo-se, como é evidente, que não há uma opinião (“a” opinião) mas que há várias e que nada impede que se dividam e que se reúnam debaixo de várias bandeiras (dos coelhinhos ou dos porquinhos).
A metologia de governo deveria sempre ser, a bem da transparência e do bem público, anunciar ou tomar uma decisão política após uma cuidadosa e criteriosa análise tècnica e não decidir à sua revelia, “sobre o joelho” ou com preconceitos ideológicos ou com interesses escondidos.
Há uma meia dúzia de anos aconteceu coisa extraordinária: a manipulação de estudos técnicos para fundamentar uma decisão sobre a localização do NAL (Novo Aeroporto de Lisboa). A escolha da Ota era uma decisão política, local aberrante para um aeroporto moderno. Só política? Não. Havia interesses dum lado e doutro.
Um movimento cívico obrigou, pela evidência que a técnica revelou, a alterar a decisão política e, assim, amanhã, quando houver uma necessidade imperiosa de construção de um novo aeroporto (a Portela segundo informações decorrentes da sua realidade está perto da saturação) e se as finanças públicas o permitirem, a localização de Alcochete estará em cima da mesa e a da Ota fora dela, graças à “techne”.
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Katmandu, as catástrofes e o homem
Janeiro de 1934, o estado de Bihar no Nepal é atingido por um sismo de magnitude 8,0 que destrói parte das cidades de Katmandu, Bhaktapur e Patan. 12.000 mortos. Gandhi visita a região e classifica a catástrofe como um castigo da Providência por a Índia ter falhado na irradicação dos “intocáveis”. Duzentos anos antes, Voltaire também classificou o sismo de Lisboa como um castigo divino.
Katmandu, 25 de Abril de 2015, 11h56, o sismo “Gorkha”, de magnitude 7,8, atinge a capital do Nepal e as regiões vizinhas da Índia, da China e do Bangladesh. Milhares de construções destruídas, algumas património da humanidade, mais de 450.000 desalojados, 10.000 mortos. Instala-se o medo e o caos. 12 de Maio, Katmandu destruída é novamente assolada por um sismo de magnitude 7,3.
Desde que há registos históricos a natureza infligiu ao homem catástrofes que se traduziram por enormes perdas de vidas e de bens. É costume adjectivar essas reacções da natureza como “desastre naturais”.
Eles são entre outros, avalanches, terramotos, maremotos, ventos violentos, chuvas diluvianas. Embora os marremotos só existam porque há terramotos o homem habituou-se a distingui-los pelos seus efeitos e aparências.
Os ciclones resultam da conjugação de particulares condições de humidade e de temperatura entre o mar e a atmosfera e os tufões, seus primos, arrasam inesperadamente cidades inteiras situadas em corredores geogáficos mais ou menos bem definidos. Do ar vêm chuvas que engrossam os caudais dos rios que submergem estradas, campos, vilas, cidades (como St. Louis em 1993 e, também, em 2013).
As origens das catástrofes naturais (da terra, do ar ou da água) são, assim, diversas e as suas consequências sempre mereceram por parte do homem a mesma “displicência”, embora tragam destruição, dôr e terror que o tempo se encarrega de apagar.
De facto, se no sítio “tal e tal” ocorrem sismos, tsunamis, tufões, avalanches, o bom-senso recomendaria que o homem não se instalasse lá e fosse implantar-se longe deles. Mas não, o hábito ancestral, o amor pelo local, o sentido da propriedade, a proximidade de riquezas naturais e de rotas comerciais, entre muitos outros factores, conduzem o homem a ignorar a natureza fatal do local e em teimar em lá permanecer. Seja qual fôr a maior ou menor grandeza da dôr e dos prejuízos materiais, os planos do homem são reconstruir “lá”. Por vezes é, de facto, a única solução viável, como é o caso de St. Louis ou das vilas situadas nas planícies norteamericanas, noutros não, como empreendimentos em litorais paradisíacos mas muito vulneráveis ao nivel do mar ou de construções no sopé de escarpas sujeitas a deslizamentos de terra ou de neve. Mas o homem está disposto a correr riscos desde que tal compense.
Quando do terramoto de Lisboa de 1755, o Marquêz de Pombal analisou três localizações para a nova Lisboa: no mesmo local, a ocidente para onde se deslocou a corte, a oriente onde a maior parte da nobreza tinha as suas propriedades “citadinas”. Ficou decidido que a nova Lisboa seria reconstruída no mesmo local.
Já muito antes, quando Pompeia e Herculano foram destruídas pela erupção do Vesúvio (79 d.C.), Nápoles apenas a 20 km daquelas duas antigas e destruídas cidades, foi importante cidade do império romano e capital do reino das duas sicílias até ao século XIX. Tem hoje entre 3 e 4 milhões de habitantes.
Pompeia, 79 d.C. 16.000 mortos. Pompeia ficou completamente coberta de cinza e foi só descoberta em 1748
E se o Vesúvio entrasse novamente em erupção? Seria como hoje em dia no Chile com a erupção do Calbuco e a consequente evacuação da vila de Ensenada com 1.500 habitantes? Claro que não e porque uma deslocalização de Nápoles ou de Lisboa é totalmente impraticável deveriam ser estudadas e implementadas soluções mitigadoras dos impactos de uma catástrofe, como por exemplo a rigorosa aplicação da regulamentação da construção e, também, a integridade dos acessos a infraestruras vitais em caso de desastre como sejam hospitais, aeroportos, bombeiros.
Lisboa? É um facto que o 1º regulamento de construção resistente aos sismos é português e que as suas disposições arquitectónicas e construtivas resultam directamente das observações que os engenheiros militares fizeram do sismo de 1755 e das suas consequências: edifícios baixos, sem ressaltos, de planta regular e simétrica, estrutura resistente aliando coerentemente a rigidez da pedra à flexibilidade da madeira (as denominadas paredes “em gaiola”), disposições estas que, na generalidade embora com outras vestimentas, se mantêm na moderna regulamentação estrutural.
Lisboa, 1 de Novembro de 1755. 40.000 mortos e destruídos 85% dos edifícios da cidade. Sismo com uma magnitude estimada em 8.8-9.0 associado a um gigantesco incêndio e a um marremoto com ondas de 20m de altura. Foi sentido desde a Finlândia às Caraíbas.
Mas, e se um sismo ocoresse hoje em Lisboa? Não haveria regulamentação que valesse, porque raras vezes cumprida atá aos anos 70 do século XX: Lisboa desapareceria novamente, em maior ou menor escala dependendo da qualidade construtiva das construções e da sua localização, e os meios de socorro debater-se-iam com enormes dificuldades de circulação.
E para os marremotos, os tsunamis como hoje são conhecidos, qual a solução?
Tsunami de 26 de Dezembro de 2014. 230.000 mortos de 14 países. O sismo associado teve uma magnitude de 9.0 com epicentro na costa oriental da ilha de Sumatra. Com ondas de 30 m de altura atingiu particularmente a Indonésia, o SriLanka, a Índia e a Tailândia.
Qual a solução? Não certamente a de mais ou menos sofisticados dispositivos de alerta avisando as populações para que se desloquem para sítios altos. Apenas uma: o homem deve abandonar aquelas zonas e estabelecer a sua residência seguramente afastada do litoral. Mas não, o turismo, por exemplo, e as praias paradisíacas que em muitas situações são a sua razão de ser, não o permitem por compreensíveis razões económicas. O homem está disposto a correr o risco.
Vive-se num mundo que o progresso tornou paradoxalmente mais vulnerável às catástrofes naturais porque a sua escala tornou, na maioria dos casos, impraticável a verdadeira solução: a deslocalização.
Nestas condições apenas resta um conjunto de soluções minimizadoras dos efeitos daquelas catástrofes.
No caso de sismos cuja previsibilidade é nula ou muitíssimo diminuta:
- Estrita aplicação da regulamentação anti sísmica a construções novas; rigorosa e severa fiscalização da observância dessa regulamentação; inspecção, reavaliação e eventual reforço das estruturas de natureza vital; avaliação da eficácea dos meios de evacuação e de socorro garantindo a sua integridade em caso de catátrofe.
No caso dos outros “desastres naturais” que a ciência permite hoje prever com maior ou menor rigor (como, por exemplo, ciclones, tufões, erupções vulcânicas e cheias):
- Estudo e desenvolvimento dos métodos de previsão que permitam o alerta seguro e eficaz das populações potencialmente atingidas; avaliação e organização de meios de socorro e de evacuação em caso de catástrofe.
É o que o actual “estado da arte” nos oferece. Chega para evitar toda a destruição e toda a morte? Não mas já é muito se for de facto aplicado em conjugação com uma severa justiça e com princípios éticos e de boa governação, o que é muito mais difícil do que prever a ocorrência de um terramoto.